As crianças de hoje surpreendem pela sua incrível capacidade de lidar com engenhocas tecnológicas. Assustam adultos de mais de trinta anos que sentem algum desconforto frente ao computador, a botões e máquinas eletrônicas sofisticadas.
Os garotos da atualidade assistem em tempo real ao que ocorre em locais distantes de onde se encontram e estão habituados a conquistas científicas.
Tudo isto leva pais a se considerarem ultrapassados, endeusando os filhos ou considerando-os verdadeiros gênios.
Por mais que ajam com certa autonomia, as crianças de hoje, como as de ontem, têm necessidade dos adultos para lhes dizer o que fazer e o que não fazer.
Os pequenos gênios fazem birra, esperneiam e até fazem greve para conseguirem o que desejam.
Precisam de um "chega" que interrompa sua diversão com o game quando a hora é a da refeição, do banho ou da escola. Necessitam receber "não" para regular a sua rotina e sua saúde.
Precisam de disciplina. E disciplina se faz com limites. É um erro tratar as crianças simplesmente como cérebros ansiosos por mais e mais conhecimentos.
Elas necessitam de experiências afetivas, motivo pelo qual não podem dispensar as brincadeiras com outras crianças.
Assim como elas precisam de limites, necessitam dos conflitos com seus amiguinhos para aprenderem a se relacionar com pessoas e coisas.
Alguns estudos mais recentes sobre o aprendizado indicam que se deve pensar em conteúdos intelectuais somente depois dos sete anos, quando as crianças consolidam sua estrutura neurológica, que as capacita a operar certas informações.
O desenvolvimento emocional deve vir antes do intelectual.
Proceder de forma contrária, pode causar problemas como o desinteresse pelos estudos, com o passar dos anos.
O mundo necessita de homens capazes de amar, de respeitar o semelhante, de reconhecer as diferenças, de pensar, muito mais do que de gênios sem moral, frios e calculistas.
A ciência, sem sentimento, tem causado males e tragédias.
Preocupemo-nos, pois, em atender a busca afetiva dos nossos filhos.
Permitamos que eles convivam com outras crianças, que criem brincadeiras, usando a sua criatividade.
Busquemos ensinar-lhes, através da experiência diária, os benefícios do afeto verdadeiro, abraçando-os, beijando-os, valorizando seus pequenos gestos, ouvindo-os com atenção.
A criança aprende o que vivência. O lar é a primeira e fundamental escola. É nele que se forma o homem de bem que ampliará os horizontes do amor, nos dias futuros, ou o tirano genioso que pensa que o mundo deve girar ao seu redor e somente por sua causa.
Você sabia?
Que mesmo a criança considerada um gênio precisa de cuidados elementares para crescer emocionalmente?
Que para se tornar, de fato, uma pessoa com capacidade de criar, produzir e desfrutar junto com os outros, a criança precisa de afeto?
As crianças de hoje não amadurecem emocionalmente mais rápido do que as de antigamente.
Mas, apesar disso, elas continuam a ter medo do desconhecido, a se alegrarem com pequenas coisas, a se sentirem, infinitamente tristes pela perda de um animal de estimação.
São todas experiências importantes para a formação e o aprendizado emocional do ser humano, devendo ser valorizadas em todos os seus detalhes.
Os garotos da atualidade assistem em tempo real ao que ocorre em locais distantes de onde se encontram e estão habituados a conquistas científicas.
Tudo isto leva pais a se considerarem ultrapassados, endeusando os filhos ou considerando-os verdadeiros gênios.
Por mais que ajam com certa autonomia, as crianças de hoje, como as de ontem, têm necessidade dos adultos para lhes dizer o que fazer e o que não fazer.
Os pequenos gênios fazem birra, esperneiam e até fazem greve para conseguirem o que desejam.
Precisam de um "chega" que interrompa sua diversão com o game quando a hora é a da refeição, do banho ou da escola. Necessitam receber "não" para regular a sua rotina e sua saúde.
Precisam de disciplina. E disciplina se faz com limites. É um erro tratar as crianças simplesmente como cérebros ansiosos por mais e mais conhecimentos.
Elas necessitam de experiências afetivas, motivo pelo qual não podem dispensar as brincadeiras com outras crianças.
Assim como elas precisam de limites, necessitam dos conflitos com seus amiguinhos para aprenderem a se relacionar com pessoas e coisas.
Alguns estudos mais recentes sobre o aprendizado indicam que se deve pensar em conteúdos intelectuais somente depois dos sete anos, quando as crianças consolidam sua estrutura neurológica, que as capacita a operar certas informações.
O desenvolvimento emocional deve vir antes do intelectual.
Proceder de forma contrária, pode causar problemas como o desinteresse pelos estudos, com o passar dos anos.
O mundo necessita de homens capazes de amar, de respeitar o semelhante, de reconhecer as diferenças, de pensar, muito mais do que de gênios sem moral, frios e calculistas.
A ciência, sem sentimento, tem causado males e tragédias.
Preocupemo-nos, pois, em atender a busca afetiva dos nossos filhos.
Permitamos que eles convivam com outras crianças, que criem brincadeiras, usando a sua criatividade.
Busquemos ensinar-lhes, através da experiência diária, os benefícios do afeto verdadeiro, abraçando-os, beijando-os, valorizando seus pequenos gestos, ouvindo-os com atenção.
A criança aprende o que vivência. O lar é a primeira e fundamental escola. É nele que se forma o homem de bem que ampliará os horizontes do amor, nos dias futuros, ou o tirano genioso que pensa que o mundo deve girar ao seu redor e somente por sua causa.
Você sabia?
Que mesmo a criança considerada um gênio precisa de cuidados elementares para crescer emocionalmente?
Que para se tornar, de fato, uma pessoa com capacidade de criar, produzir e desfrutar junto com os outros, a criança precisa de afeto?
As crianças de hoje não amadurecem emocionalmente mais rápido do que as de antigamente.
Mas, apesar disso, elas continuam a ter medo do desconhecido, a se alegrarem com pequenas coisas, a se sentirem, infinitamente tristes pela perda de um animal de estimação.
São todas experiências importantes para a formação e o aprendizado emocional do ser humano, devendo ser valorizadas em todos os seus detalhes.
(Baseado no artigo "Cérebros e corações para o século 21", publicado no jornal Gazeta do Povo em 03/01/99.)
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